L.S - Que comentário faz à epoca de 2006/2007 no Campeonato Nacional de Honra?
R.V -Penso que se tratou de uma prova francamente desvalorizada, do ponto de vista organizativo, pelo insuficiente investimento financeiro e humano por parte da FPR. De facto, o Rugby de clubes continua a ser o parente pobre da modalidade, e a falta de visibilidade da Divisão de Honra (a prova máxima nacional) é disso mesmo uma prova. Falta divulgação, público nas bancadas, cobertura mediática, animação em torno dos jogos...
Do ponto de vista desportivo, dois comentários apenas: vitória justíssima da melhor equipa do campeonato - a Agronomia - que é o culminar de um trabalho de vários anos. Para mim, a Agronomia não foi a melhor equipa nos últimos anos, mas esta temporada foi sem margem para dúvidas a equipa mais eficaz, mais forte, mais estável, mais organizada e mais coesa. Repito: vitória 100% justa. O segundo comentário vai para o modelo de campeonato que temos: absolutamente injusto e desvalorizador da regularidade. A fórmula de apuramente da equipa que desce à 1ª divisão - felizmente já alterada - foi responsável pela maior injusta da época: a descida do Técnico. Espero que os «engenheiros» regressem rapidamente ao convívio maior do Rugby nacional.
Do ponto de vista desportivo, dois comentários apenas: vitória justíssima da melhor equipa do campeonato - a Agronomia - que é o culminar de um trabalho de vários anos. Para mim, a Agronomia não foi a melhor equipa nos últimos anos, mas esta temporada foi sem margem para dúvidas a equipa mais eficaz, mais forte, mais estável, mais organizada e mais coesa. Repito: vitória 100% justa. O segundo comentário vai para o modelo de campeonato que temos: absolutamente injusto e desvalorizador da regularidade. A fórmula de apuramente da equipa que desce à 1ª divisão - felizmente já alterada - foi responsável pela maior injusta da época: a descida do Técnico. Espero que os «engenheiros» regressem rapidamente ao convívio maior do Rugby nacional.
L.S - Quais foram para si os pontos fortes e os pontos fracos do Belenensesesta temporada?
R.V - Pergunta difícil para um «leigo» na matéria.
Tentando ser justo: o Belenenses apresentou-se este ano muito abaixo daquele que considero ser o seu real valor. A equipa sofreu muitas alterações, e não se reforçou suficientemente (em qualidade) nas posições que pessoalmente considerei - na altura - serem prioritárias. Houve ainda um problema grave de lesões, de entre as quais se destaca a do Cristian Spachuk, logo após o jogo com o CDUP, no Porto.
O ponto mais forte da equipa, que terá necessáriamente consequências nos próximos anos, foi a forma como a malta mais nova (Fezas Vital, Diogo Miranda, Diogo Jorge, Duarte Bravo, Duarte Moreira, Carlos Gaspar, Salvador da Cunha, Tiago Cabral, entre outros) se apresentou. Os «miúdos» estiveram muito bem na maior parte dos jogos, e em alguns deles foram mesmo os melhores jogadores em campo. O rejuvenescimento da equipa do Belém era inevitável e começou esta época. Na minha opinião, o ponto mais forte da nossa equipa foi precisamente esse: a capacidade de se rejuvenescer com qualidade... com jovens jogadores cheios de qualidade.
O ponto mais fraco foi a falta de disciplina e de coesão da equipa. O Belenenses teve ao longo da época, 4 capitães de equipa. Primeiro foi o Francisco da Cunha, que comandou - e bem - o Belenenses na Taça de Portugal. O Francisco foi viver para Londres, por motivos profissionais, e acabou por ver-se obrigado a deixar de jogar. Depois assistiu-se ao regresso do João Uva, que fez uma época muito irregular, por causa da selecção e de lesões. Foram vários os jogos em que não alinhou, e no final da temporada (quando o Belenenses enfrentava a possibilidade de descer de divisão) acabou por se ausentar do país, por razões pessoais. O Bruno Nifo também foi capitão em alguns jogos, mas razões profissionais e uma ridícula expulsão (vermelho directo) contra o Direito acabaram por afastá-lo de vários jogos. Já no final da temporada, e após o seu regresso da Irlanda, foi o Diogo Mateus quem assumiu a liderança do XV do Restelo.
Faltou, sem dúvida, liderança e exemplo. Penso sinceramente que grande parte das dificuldades da equipa do Belém esta temporada se relacionam com isto.
Resposta:
Tentando ser justo: o Belenenses apresentou-se este ano muito abaixo daquele que considero ser o seu real valor. A equipa sofreu muitas alterações, e não se reforçou suficientemente (em qualidade) nas posições que pessoalmente considerei - na altura - serem prioritárias. Houve ainda um problema grave de lesões, de entre as quais se destaca a do Cristian Spachuk, logo após o jogo com o CDUP, no Porto.
O ponto mais forte da equipa, que terá necessáriamente consequências nos próximos anos, foi a forma como a malta mais nova (Fezas Vital, Diogo Miranda, Diogo Jorge, Duarte Bravo, Duarte Moreira, Carlos Gaspar, Salvador da Cunha, Tiago Cabral, entre outros) se apresentou. Os «miúdos» estiveram muito bem na maior parte dos jogos, e em alguns deles foram mesmo os melhores jogadores em campo. O rejuvenescimento da equipa do Belém era inevitável e começou esta época. Na minha opinião, o ponto mais forte da nossa equipa foi precisamente esse: a capacidade de se rejuvenescer com qualidade... com jovens jogadores cheios de qualidade.
O ponto mais fraco foi a falta de disciplina e de coesão da equipa. O Belenenses teve ao longo da época, 4 capitães de equipa. Primeiro foi o Francisco da Cunha, que comandou - e bem - o Belenenses na Taça de Portugal. O Francisco foi viver para Londres, por motivos profissionais, e acabou por ver-se obrigado a deixar de jogar. Depois assistiu-se ao regresso do João Uva, que fez uma época muito irregular, por causa da selecção e de lesões. Foram vários os jogos em que não alinhou, e no final da temporada (quando o Belenenses enfrentava a possibilidade de descer de divisão) acabou por se ausentar do país, por razões pessoais. O Bruno Nifo também foi capitão em alguns jogos, mas razões profissionais e uma ridícula expulsão (vermelho directo) contra o Direito acabaram por afastá-lo de vários jogos. Já no final da temporada, e após o seu regresso da Irlanda, foi o Diogo Mateus quem assumiu a liderança do XV do Restelo.
Faltou, sem dúvida, liderança e exemplo. Penso sinceramente que grande parte das dificuldades da equipa do Belém esta temporada se relacionam com isto.
Resposta:
L.S - Qual foi o jogo do Belenenses que mais gostou de assistir esta época ?
R.V - Foi o jogo contra a Agronomia na Tapada (derrota por 25-11). Penso que foi um jogo que valeu sobretudo pela capacidade de sofrer, de lutar e de jogar em conjunto evidenciada pelo Belém. O Belenenses apresentou-se com uma equipa misturando juventude e alguns jogadores mais experientes, tal como a Agronomia. E os «agrónomos» acabaram por vencer com alguma sorte.
Lembro-me bem desse jogo e, apesar da derrota, penso que foi o jogo mais «à Belenenses» da temporada. Tivessemos jogado sempre assim e... teriamos marcado presença na Final-Four.
Lembro-me bem desse jogo e, apesar da derrota, penso que foi o jogo mais «à Belenenses» da temporada. Tivessemos jogado sempre assim e... teriamos marcado presença na Final-Four.
L.S - Prognósticos para a próxima época; em termos globais e em particular o Belenenses ?
R.V -Temo que a Divisão de Honra volte a começar coxa, fora de horas e sem a devida preparação. A desculpa, para o ano, será o Mundial e o trabalho que exigiu por parte da FPR. Nada de novo.
Do ponto de vista dos clubes, penso que a Agronomia voltará a apresentar-se muito forte (sendo o candidato n.º1 ao título), bem como o CDUL - que sendo uma equipa nova apresenta grande margem de progressão. As incógnitas para mim são o CDUP (que acabou a temporada muito bem, mas que sem jogadores como o Joaquim Ferreira poderá demorar a readaptar-se ou a rejuvenescer-se) e o Direito (que esgotou um pouco o seu modelo de jogo, na minha opinião). O Benfica é também uma incógnita, mas tem para mim um grande problema: uma equipa envelhecida sem escolas para se alimentar. Terá de recorrer a estrangeiros. Cascais e Académica poderão fazer um campeonato interessante, mas são as equipas que conheço pior.
O Belenenses deverá continuar a rejuvenescer-se, a chamar rapaziada nova à equipa senior. Terá de melhor a sua mistura de juventude e experiência, e penso que é fundamental chamar de volta jogadores que muita falta fazem ao clube, como o Manuel Mata Pereira (que tirou o ano de 2006/2007 para estudar). Penso que o Belém necessita de uma ou duas contratações para duas posições específicas, mas acredito que a aposta fundamental deve recair na prata da casa. Jogadores como o Fezas Vital, o Carlos Gaspar, o Miranda ou o Duarte Moreira não podem ficar de fora uma temporada inteira tapados por um argentino ou um «bife» qualquer, que passados meses regressa a casa.
O Belém está a construir uma equipa de futuro, e tem na sua boa escola uma fonte de jogadores que devem ser aproveitados. Assim, acredito que o objectivo mais realista para 2007/2008 é voltar a marcar presença na Final-Four. Depois disso... tudo é possível.
Do ponto de vista dos clubes, penso que a Agronomia voltará a apresentar-se muito forte (sendo o candidato n.º1 ao título), bem como o CDUL - que sendo uma equipa nova apresenta grande margem de progressão. As incógnitas para mim são o CDUP (que acabou a temporada muito bem, mas que sem jogadores como o Joaquim Ferreira poderá demorar a readaptar-se ou a rejuvenescer-se) e o Direito (que esgotou um pouco o seu modelo de jogo, na minha opinião). O Benfica é também uma incógnita, mas tem para mim um grande problema: uma equipa envelhecida sem escolas para se alimentar. Terá de recorrer a estrangeiros. Cascais e Académica poderão fazer um campeonato interessante, mas são as equipas que conheço pior.
O Belenenses deverá continuar a rejuvenescer-se, a chamar rapaziada nova à equipa senior. Terá de melhor a sua mistura de juventude e experiência, e penso que é fundamental chamar de volta jogadores que muita falta fazem ao clube, como o Manuel Mata Pereira (que tirou o ano de 2006/2007 para estudar). Penso que o Belém necessita de uma ou duas contratações para duas posições específicas, mas acredito que a aposta fundamental deve recair na prata da casa. Jogadores como o Fezas Vital, o Carlos Gaspar, o Miranda ou o Duarte Moreira não podem ficar de fora uma temporada inteira tapados por um argentino ou um «bife» qualquer, que passados meses regressa a casa.
O Belém está a construir uma equipa de futuro, e tem na sua boa escola uma fonte de jogadores que devem ser aproveitados. Assim, acredito que o objectivo mais realista para 2007/2008 é voltar a marcar presença na Final-Four. Depois disso... tudo é possível.
L.S - Para aqueles que não conhecem o seu blogue, gostaria que deixassemalguns comentários sobre o mesmo
R.V - Não tenho comentários a fazer ao Blogue que edito em conjunto com o Afonso Nogueira. Apenas referir que é um projecto que já me deu mais gozo do que aquele que dá hoje. Mas permanece tendo como objectivo divulgar o Rugby e valorizar a modalidade dentro do Clube.
P.S - Brevemente entrevista ao "Máfia Verdíssima"
9 comentários:
Não querendo defender o Cascais, discordo por completo da opinião do Belenenses XV no que respeita a injustiças no campeonato!
Digo isto porque todas as equipas sabiam, desde Setembro, qual o modelo que iria definir o campeão e o despromovido, todas as equipas sabiam que iria haver uma final para decidir o campeonato e uma final para decidir a descida!
Não querendo culpar o técnico de falta de visão (ou até mesmo de arrogância...) o Cascais começou a preparar-se para a final desde o inicio da segunda volta...deixemo-nos por isso de falsas demagogias e falsos moralismos típicos do ambiente desportivo em que vivemos...
O campeonato da descida decidia-se num jogo, todos o sabiam, o Cascais foi melhor e quanto a isso, desculpem-me mas não há discussão!
Esperamos por um campeonato com menos polémica no próximo ano!
Foi melhor?!
O arbitro é que fez uma arbitragem de grande categoria!! De uma forma primorosa!!
Este Rui Vasco é mesmo ridiculo!
Para o anónimo das 5:01, é demasiado cobarde, insistires que tás na segunda divisão por causa do arbitro...so quero que me digas uma decisão, um momento em que julges que o arbitro teve mal ou que tenha roubado!
é por causa disso que toda a gente vos odeia, a constante futebolização que vocês insitistem em meter no rugby mete nojo a todas as pessoas do mundo do rugby nacional.
Relativamente ao primeiro comentário aqui colocado gostaria apenas de dizer o seguinte:
Não sei se de facto o Cascais abdicou da 2ª volta do campeonato; não sei se poderia ter assegurado a manutenção por essa via, caso o modelo aplicado em 06/07 fosse aquele que em 07/08 estará em vigor.
O que eu sei é que, independentemente da equipa que desceu, estou por princípio contra este modelo de descida (acho que não sou só eu).
Foi o Técnico que desceu. Paciência. Nada me move a favor do Técnico nem contra o Cascais. São dois clubes que tenho em igual conta e pelos quais tenho igual respeito, sem falsas simpatias (que não tenho).
Agora, não se pode dizer «ah, todos sabiamos que era este o modelo e por isso não há mais discussão». Peço desculpa mas há. E há porque cada um é livre de dizer o que pensa. Eu penso que este modelo é aberrante, e que provocou uma grande injustiça. Tal como em 2006/2007 foi uma enorme injustiça o Belém ter perdido o campeonato em 80 minutos.
Rui Vasco Silva
Caro Rui Vasco, perdoe-me a franqueza, mas a sua resposta ao 1º comentário não ajudou em nada a sustentar a sua convicção da "maior injustiça da época", pegando nas suas proprias palavaras, ter sido a descida do Técnico e não do Cascais. Para além de se refugiar no direito a emitir opinião, ficou por explicar essa "enorme injustiça"!
Repare:
" Não sei se de facto o Cascais abdicou da 2ª volta do campeonato; não sei se poderia ter assegurado a manutenção por essa via, caso o modelo aplicado em 06/07 fosse aquele que em 07/08 estará em vigor."
Obviamente que não! Mas o modelo de campeonato da época passada não é o mesmo que será aplicado na próxima época. Não vejo aliás sequer qual a necessidade desta afirmação, de tão obvia que é! Além do mais, ninguém abdica de nada. Nenhuma equipa se esforça para não ganhar, o que não invalida que o Cascais tenha tido a consciência que dificilmente conseguiria fugir à final da despromoção, pese embora tenha tentado por tudo ganhar o maior nº possivel de jogos (acredito eu).
"...independentemente da equipa que desceu, estou por princípio contra este modelo de descida (acho que não sou só eu)."
Não é não senhor. Eu também estou contra este modelo, assim como a grande maioria das pessoas.
"Agora, não se pode dizer «ah, todos sabiamos que era este o modelo e por isso não há mais discussão»."
Parece-me bastante correcto. Claro que discussão pode haver sempre, mas é apenas reveladora de "vistas curtas" e de pouca cultura desportiva. As regras foram iguais para todos, e foram comunicadas em boa hora a todos os intervenientes. Na passada época talvez a FPR devesse ter efectuado um comunicado do tipo: O CAMPEONATO NACIONAL DE RUGBY DA DIVISÃO DE HONRA 2006/2007 NÃO É UMA PROVA DE REGULARIDADE. O CAMPEÃO NACIONAL SERÁ O VENCEDOR DE UMA FINAL, E O DESPROMOVIDO SERÁ O PERDEDOR DE OUTRA FINAL. REPETIMOS: NÁO ESTAMOS PERANTE UMA PROVA DE REGULARIDADE! REPETIMOS: NÃO SE FIEM NA REGULARIDADE, QUE ESTA INTERESSA MUITO POUCO PARA O MODELO DE CAMPEONATO. DEPOIS NÃO CHOREM...
Isto não significa que o modelo seja bom, na verdade não é, mas é o modelo que foi jogado. Perante um modelo deste tipo cada equipa faz o planeamento adequado, e possivel, de acordo com os seus objectivos.
"Tal como em 2006/2007 foi uma enorme injustiça o Belém ter perdido o campeonato em 80 minutos."
O Belem perdeu, e o Direito foi o justo vencedor desse campeonato nacional. O que o Rui Vasco deveria dizer seria «...o Belém ter perdido UM CAMPEONATO QUE SE DISPUTAVA EM 80 MINUTOS, em 80 minutos". Estas vitórias morais são muito tipicas do tuga, ou será que o Belém não sabia no inicio dessa época que para ser campeão teria que ganhar uma final? Sabia. Sabia, e perdeu-a. Mérito ao Direito que a ganhou.
De qualquer forma, continuo curioso em saber onde está essa "grande injustiça" na descida do Técnico. Parece-me até que o Técnico esteve mais tempo como último da tabela, que o Cascais, se bem que de acordo com a minha opinião, não conta para nada!
Abraço!
Ricardo P.
Se calhar não me expliquei bem.
É obvio que a permanência do Cascais e a descida do Técnico decorrem das normas por todos conhecidas e do regulamento de prova aprovado. Não é pois nenhuma ilegalidade.
Aquilo que eu acho, e perdoe-me mas é a minha opinião, é que este modelo é - independentemente da sua legalidade - imoral. Só isso.
Já o achava em 2005/2006, quando o Técnico se viu de repente na eminência de descer, confrontado na final da descida com uma Académica que somou «cabazes» e derrotas na fase regular.
Repare: este modelo injusto poderia muito bem ter empurrado o Benfica (que foi 5º na fase regular) para a descida, quando estiveram a um passo da Final Four, e segundo dizem apenas não o conseguiram devido a uma situação de legalidade duvidosa (segundo eles), que foi a marcação do jogo com o CDUL.
Não se trata de vitórias nem derrotas morais. As vitórias e derrotas acontecem no campo, e ficam lá. Nós é que podemos fazer acerca delas juízos de valor, ou de justiça. E a minha opinião é esta.
Agora, sinceramente estou-me um pouco «nas tintas» para quem fica e quem desce.
Um abraço
RV
"nas tintas"...até não ser o Belém...
Como é óbvio. O que quero dizer é que não tenho simpatias nem preferências relativamente a outros clubes. Se é o Técnico, o Cascais, o Direito ou o Benfica a descer, é-me RIGOROSAMENTE igual.
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